28 abril, 2008

Recordando

Recordando

Hoje estou me lembrando daquelas pessoas que marcaram uma etapa de minha vida.Lembro delas com uma certa freqüência, mas hoje, em especial, estas lembranças estão mais vivas.
Da minha infância, lembro de minha amiga Luzia, que fazia por mim os deveres de casa. Ela estava um ano na minha frente. Na adolescência, em outra cidade, lembro em especial de minha sobrinha – da minha idade – Eleusa, minha companheirona e confidente. Jovem, tive Darci e Ieda, um casal amigo com quem estava com freqüência e, às vezes, jogando buraco. Já na idade adulta, após ter-me decidido por buscar meus horizontes longe da proteção materna, mudei-me de cidade e encontrei mais pessoas boas que me ajudaram. Dona Matilde é uma delas. Pessoa sofrida, simples, mas que ao ver-me fazendo o meu almoço com um simples salgadinho, começou a reforçar a sua marmita para dividi-la comigo. Grata, Matilde!
Quase ao mesmo tempo, na pensão onde eu morava, encontrei Ângela, tipo severa, pouco mais velha que eu, mas que também me tratava com carinho. Nesta mesma pensão havia a Leonilda, apelido Leo, bem mais velha que eu e que estava sempre preocupada com minha alimentação. Quantas vezes, ao abrir a porta de meu quarto, deparei com um prato de frutas e quantas vezes ela me convidou para partilhar de seu almoço! Mesmo depois de algum tempo e ter-me mudado de lá, ela se casou e convidou-me para testemunha. Ah! Leo, mas não demorou muito, talvez uns dois anos, você se cansou de viver e se jogou do viaduto do Chá sem nunca ter-me falado do que a afligia! Grata, Leo, pois enquanto tivemos contato, você me adotou.
Quase ao mesmo tempo, na faculdade, conheci Maria Helena, pouco mais nova que eu, mas uma jovem tipo estudiosa. Graças as colas que ela me passava, consegui concluir o curso. Mas não foi só isto, mesmo quando não tinha cola, ela tentava me ditar tudo, pois sabia da minha falta de tempo para estudar. Grata, Lena, hoje sei quase nada, mas sei que você só queria me ajudar.
Ah! Teve a Vicky, egípcia, outra grande amiga, que também me forneceu muitas refeições e junto com Maria Helena foi minha testemunha no casamento civil.
Já casada, tive a minha vizinha Helena, grega, bem mais velha que eu, mas sempre risonha e protetora. Cuidava de boa vontade de Elisa, ainda bebê, enquanto eu precisava sair.
Mudei-me novamente de cidade. Conheci outras pessoas que confiaram e se afeiçoaram a mim. Destaco Isilda, minha grande amiga ainda, que sempre me acompanhou e tentou entender certos posicionamentos meus e, nem sempre totalmente concorde, apoiou-me por acreditar em meus propósitos.
Poderia falar de outros tantos afetos, desde a infância, mas correria o risco de não citar algum. Não foram muitos, é certo, mas sei todos sinceros. Grata a vocês todos, da infância até a maturidade, que em muito me ajudaram. Grata, grata.
Mudei-me de novo de cidade e comecei a ter conhecidos na net. Nininha, Juliana, duas amigas que estavam sempre comigo em pvt ou msn quando nos divertíamos muito. Almeida, meu bom amigo, que cuida de minha sala espírita no Paltalk. Gata, que conheci nas salas de música e que canta muito bem, sempre com seu jeito carinhoso... Carina, minha primeira amiga virtual, com quem falo no msn esporadicamente...
Gosto muito de todos. Muito, muito.
E Sergio, que ressurgiu neste meu ocaso e é o maior amigo que tem me sustentado
em meus momentos de tristeza. É a criança que me faz rir e me desperta este lado infantil tão necessário para não sermos tão sérios em nossas atitudes e reflexões É o homem de bom senso, quando me dá sugestões. É o homem amoroso quando se dispõe a ficar horas tocando teclado para mim, a me acompanhar numa sinuca – bola 8 ou bola 9- no Unreal... a pesquisar youtube ou outros sites de informação ou entreterimento para compartilhar comigo. Sergio é meu fofinho, minha paixão amiga, para quem quero o melhor de tudo. Com certeza será a mais cara lembrança desta minha estada na matéria e traz a confirmação que os laços afetivos não se rompem, pois Serginho vem de meu pretérito, reavivando todo o afeto que sempre nos uniu.
Não mencionei parentes (exceto um) nem Rafael, porque estes, naturalmente marcaram minha vida pela convivência mais próxima.O que me levou, hoje, a rememorar estes amigos que cruzaram meu caminho, não sei dizer. Apenas senti aflorarem as lembranças e meu sentimento grato a todos. Mas, talvez, as lembranças venham assim, para eu não me sentir tão só, tão angustiada.